quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Testemunha do descaso

Quem já conhece o blog a mais tempo sabe que não sou de ficar reclamando ou escrevendo só coisas ruins e quando escrevo algo que de fato não é bom dou sempre uma dica de como fazer aquela situação ficar melhor, contudo hoje isso vai ser praticamente impossível. Ontem quando meu marido chegou do serviço entrou em casa com um olhar assustado e disse:
 Débora acho que tem uma senhora passando mal ali na rua vamos ajuda-la? 
Imediatamente fomos e encontramos uma senhora caída no passeio da minha vizinha de frente, quando eu perguntei o que ela estava sentindo ela apontava para a lado esquerdo e fazia uma expressão de dor muito forte. Ajudamos para que ela se levantasse e a colocamos no meu passeio que tem alguns degraus onde ela pode se sentar. Neste momento veio minha outra vizinha que é enfermeira e acabara de chegar do serviço. Ela começou a fazer perguntas para a senhora que além  da dor parecia muito confusa, mas não apresentava sinais de ter bebido. Ela não sabia o endereço nem o telefone de casa, também não sabia o telefone de ninguém da família e para piorar estava sem nenhum documento o que conseguimos saber dela é que faz uso de um remédio tarja preta (que não sabia o nome) e não tinha tomado no dia, não brigou com a família, saiu só para passear e agora não sabia onde estava e nem como chegar em casa. O pouco que ela parecia lembrar do endereço eu procurei na internet e não encontrei nada em pesquisa nenhuma.
Diante de todos os fatos minha vizinha ligou para a polícia pedindo ajuda, nós esperamos por quase meia hora e como não chegava viatura nenhuma resolvi ligar novamente, voltamos a esperar a irmã da enfermeira ligou também até que quase duas horas se passaram e a viatura da polícia não veio. A dor da senhora começou a diminuir então ela resolveu descer a rua e procurar a casa . Tentamos evitar que ela saísse daquela maneira e nada adiantou.
Enquanto ela se afastava eu e meu marido (que fomos os únicos que ficar até o final) pensávamos no total descaso da polícia em tentar resolver o problema de um cidadão. Será que realmente tudo que eles podem fazer é, depois que a pessoa está desaparecida, incluir seu nome em uma lista com tantos outros desaparecidos? Será que nada realmente pode ser feito para evitar que pessoas com problemas neurológicos desapareçam só porque não souberam voltar para a casa? E a família que ficou para trás sem nem mesmo uma pista para seguir?
Aqui fica registrada a minha indignação por tamanho desrespeito ao ser humano e o pedido a Deus que tenha mostrado a ela o caminho de casa para não ver seu rosto em um cartas de desaparecida.      

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

A história de um cão e um gatinho.

Todas as noites antes de dormir minhas filhotinhas pedem que eu conte um história. Como já li uma centena de livrinhos e o desejo de histórias novas nunca terminava comecei a contar coisas que aconteceram na minha infância. Coisas engraçadas comigo e meus irmãos e os bichinhos que tivemos. Então ontem me lembrei de dois bichinhos  que elas tiveram e dava para contar de forma bem legal.
Hoje em dia não podemos ter animais em casa, mas a quatro anos podíamos e então eu comprei um cachorrinho. Era pequeno, preto e peludo, uma gracinha e se chamava Kiko. Menos de duas semanas depois ganhamos um gatinho branco com manchinhas em tons de preto e cinza que também era muito carinhoso e se chamava Doly. Seriam dois bichinhos comuns não fosse um detalhe:
eram tão amigos que dormiam no mesmo cesto. Durante um tempo o Doly pensou ser um cachorro depois assumiu seu papel de gato, subia nos muros, se lambia e brincava o tempo todo. Mesmo quando deixaram de ser filhotes continuaram dormindo juntos. Foi tão lindo perceber a união dos dois mesmo sendo de outra espécie! Vi que para vivermos em harmonia não precisamos ser iguais apenas amar e respeitar a individualidade de outro. Talvez a minha percepção possa ser forte de mais para explicar para as minhas filhas na hora de dormir, então simplifico dizendo que se gato e cachorro podem viver bem nós podemos também.

sábado, 17 de novembro de 2012

Hoje descobri que meu filho está falando.

Você consegue lembrar o que sentiu quando seu filho emitiu um som parecia uma palavra pela primeira vez? Foi incrível, não? E quando você teve certeza que ele disse mamãe? Esse foi o dia de gloria. Passada essa euforia são tantos mam..., dudu..., bababa, papa, que até perdemos a conta.
Em pouco tempo começamos a decifrar o que ele diz:
acum é água, mimi é dormir, dedeia é mamadeira e por aí vai e então as palavras começam a virar pequenas frases que só você entende.  Nosso ego se enche pela necessidade que temos de estar perto para que ele seja compreendido. Sem falar o orgulho que sentimos todas as vezes que ouvimos a frase: " Você entendeu o que ele disse?" e a resposta é sim. E então como num piscar de olhos as pessoas começam a entender o que ele diz, bem assim, uma palavrinha hoje outra amanhã e bingo.
Hoje para não fugir a regra minhas crianças estavam  brincando com dois amiguinhos aqui em casa e meu Filipinho soltou a frase: nã nã nã nã ocê me pega! eu que estava na máquina costurando levei um susto e comecei a rir , saí como uma boba perguntando para todos se estavam entendendo o que ele estava falando e todos disseram sim até o papai que estava vendo eles brincarem e então eu descobri, MEU FILHO ESTÁ FALANDO!  Só eu ainda não tinha percebido que ele já fala e é compreendido e isso fez com que hoje se tornasse mais um dia incrível.



quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Um socorro para as mães

Mais uma vez é feriadão aqui no Brasil (eu acredito que temos mais feriados do que precisamos) e como de costume muitos lugares prolongaram o feriado de quinta feira até a próxima segunda, principalmente as escolas e como está chovendo na maior parte do país surge a pergunta:
O que fazer com as crianças no feriadão com chuva?
Para te ajudar a responder decidi escrever detalhadamente algumas opções.

CRIANÇAS MENORES DE 5 ANOS:
* Você pode aproveitar os brinquedos de montar aqueles com pecinhas que se encaixam; sente-se no chão com seu filho monte e desmonte varias vezes, ele irá copiar o que você está fazendo e brincando vai passar o tempo e desenvolver a coordenação motora.

* Se tiver em casa alguma marionete use-a para brincar com ele. Geralmente não precisa de muita criatividade e ficar inventado histórias elaboradas , coloque-a na mão e chame pelo seu filho mexendo o boneco, automaticamente ele irá olhar como se fosse a boneca a chamar. A brincadeira fica mais divertida se você usa a marionete para dar beijinhos e fazer cocegas na criança os sorrisos vão encher a casa.

CRIANÇAS  MAIORES DE CINCO ANOS :

* Uma excelente opção é contar histórias. Peque os livros infantis e leia para ele mostrando as figuras depois você pode pedir que ele te conte a história, assim além de brincar ele está desenvolvendo a memória.

* Nessa idade a criança já tem seus brinquedos favoritos e você pode simplesmente entrar na brincadeira que ela já tem prontinha na cabeça. As crianças são especialistas em ensinar detalhes do que estão fazendo.
isso é muito bom para a criatividade.

CRIANÇAS JÁ ALFABETIZADAS:

* brincar de mimica. Escreva pedaços de papel palavras como: comer, jogador, palhaço, gato, etc.
dobre os papeis coloque em uma vasilha e assim é só fazer a mimica do que tirou no papel para o outro acertar.

* Nessa faze as crianças costumam se concentrar em filmes então use os dvds infantis que você tem em casa. É garantia de algumas horas em tranquilidade, mas, não esqueça de fazer a pipoca.

CRIANÇAS MAIORES DE 10 ANOS;

*Além dos filmes, o jogo de mimica e os livros vocês pode ir para a cozinha juntos.
Fazer bolo, enrolar brigadeiros , fazer um sanduíche é algo muito legal para uma criança.

* Jogos de carta e tabuleiros também são muito bons para passar o tempo e reunir a família.

* Se sobrar tempo ainda podem construir um brinquedo com garrafas pet.

No mais é só diversão nesse feriadão de chuva!!!!!!!!!!

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Quando a única opção é mudar

Estes últimos dias foram bem corridos, muita costura, pintura e o tratamento exigiu mais de nós. Tivemos uma consulta extra e uma notícia não muito agradável. O resultado do exame da Julinha mostrou que é preciso aumentar a dose da quimioterapia para os leucócitos ficarem dentro de uma margem de segurança para a doença não voltar, o problema é que o fígado dela não está suportando. A médica pela primeira vez me transmitiu insegurança. A dose foi aumentada e voltei para a casa com uma recomendação que é quase uma ordem, mudar por completo a alimentação da Júlia. Se não é possível facilitar o trabalho do figado reduzindo a medicação teremos que facilitar o trabalho dele reduzindo a alimentação. Ela está terminantemente proibida de comer gorduras, muita açúcar e carboidratos, além disso o prato vai ter que ficar muito colorido. Algumas coisas são muito complicadas para assimilar, ela comia melhor antes da doença, mas quando recebemos a alta da primeira internação a nutricionista disse que não poderia comer nada cru e que era melhor dar produtos industrializados como biscoitos e sucos de caixinha do que outros tipos de alimentos por causa da higienização e o risco de infecções. Agora temos um fígado "tristonho" e uma mocinha com uma alimentação toda errada. 
Depois do primeiro impacto comecei a pensar ela não é a única que precisa de uma mudança na alimentação, o Sérgio, meu maridão está com o colesterol alto e a plaqueta baixa, eu estou acima do peso, a  Ana entrando na puberdade e o Filipe aprendendo a se alimentar. Está passando da hora de começarmos a comer melhor.
Confesso que muitas vezes pensei em mudar a alimentação aqui em casa e algumas coisas consegui fazer: nós usamos pouco óleo, e quase não faço frituras também gostamos muito de legumes cosidos mas pecamos feio na quantidade de pães, macarrão, batata, biscoitos e a falta de salada e frutas durante a semana é evidente. Apesar da boa intensão essa não era a opção mais fácil e aos poucos voltamos ao que era antes. E agora? Essa é a única opção e como "o que não tem remédio, remediado está" seja bem vinda ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL.  
Com o tempo vou contando os resultados, até agora já trocamos o manteiga por geleia, o pão por torrada, o leite integral por desnatado, a fruteira com uma variedade maior e além da Julinha ter que comer mais verde, o Sérgio vai ter que comer peixe e eu vou ter que comer menos.
Mudando de assunto estou pintando bastante espero que gostem.