sábado, 26 de janeiro de 2013

Em obras!

Finalmente estou de volta! Peço desculpas a todos por ter passado tanto tempo sem escrever nada é que estou "em obras". Estou passando por um período de transição tão grande que precisei de um tempo maior para elaborar as idéias e ter coragem de externa-las.
Na véspera de Natal nós ganhamos uma casa! Isso foi algo muito lindo e inesperado, um ato cheio de carinho que nos tocou profundamente. E apesar da euforia, como me disse muito sabiamente minha cunhada  "uma mudança não é só colocar os móveis em outra casa é uma vida nova."  E então vem as dúvidas...
Antes de prosseguir preciso situa-los em minha vida. Nos últimos quase 9 anos moro na casa abaixo da casa da minha mãe, tenho total liberdade aqui: fiz todas as reformas que quis; cuidei da Ana ; conheci meu marido morando aqui; aprendi minha profissão ; trabalho nessa casa ; tive a Júlia o Filipe e dependo muito da minha família. Quando a Júlia ficou doente não consigo imaginar como seria não te-los por perto para cuidar da Ana e principalmente do Filipe que só tinha 5 meses   
sinto com isso uma gratidão que não cabe nem mesmo em livros quanto mais em um texto de desabafo publicado no Blog. Contudo à que grau de dependência chegamos? O quanto influenciamos e somos influenciados? Que descrença em mim foi gerada?
Dependo da minha família pois moro de graça aqui ( embora nunca me cobraram nada), dependo que cuidem dos meus filhos para eu ter como levar a Júlia para o tratamento todas as semanas e eles dependem de mim pois o barulho e as brincadeiras dos meus filhos trazem vida para as duas casas. Nos influenciamos o tempo todo porque ninguém toma atitude nenhuma sem que os outros saibam antes e não apenas saibam mas dêem sua opinião. E isso fez com que as pessoas não acreditassem em mim. Não posso culpa-los quando as adversidades da minha vida surgiram eu enfrentei do meu modo mas meu amparo tornou-se minha muleta e não quis mais larga-la. Hoje estou reparando que peso me tornei. Quando escuto tudo que todo mundo fez por mim e agora eu vou embora, como tudo girou em torno de mim. Mas esse momento de devolver a liberdade a todos acabou se tornando ainda mais doloroso pois estão sentindo que eu estou tirando mais do que dando. 
Essa decisão de mudar tomei sozinha, minto com meu marido, não foi com aval da minha família e sinto que era uma decisão necessária. Chegou a hora de acreditar que sou capas de andar sem escorar e deixar de ser um peso para todos que eu amo. Talvez demore um pouco até que eles compreendam isso , porque serão menos gritos e sorrisos de criança pela casa. Mas como me disse a minha tia conselheira " daqui a pouco eles vão sentir a liberdade de programar uma viagem sem ter que olhar a agenda do tratamento da Júlia e irão ficar bem.
A gratidão será eterna , dúvidas não sei se ainda tenho ( minha fé na força que Deus me dá é maior), certeza que é para crescimento e união com meu marido, meus filhos, meus enteados...
No mais é esperar para ver e viver essa nova experiência e começar a separar dos armários o que vai e o que não vai para a vida nova. E que todos sejamos felizes para sempre!



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